segunda-feira, 6 de junho de 2022

ACORDA PASTOR! O LADO RUIM DA CULTURA DA MEGA IGREJA PODE TER CONTAMINADO A SUA CONGREGAÇÃO!


UMA PERGUNTA:

A eclesiologia fundamentalmente bíblica choca-se com "A ATUAL CULTURA DA MEGA IGREJA?"

Saímos do fim do século passado com os grupos familiares e as células domésticas (que serviram de apoio comunitário, frente evangelística e sobretudo, discipulado próximo e dirigido aos novos crentes) e chegamos ao ápice das igrejas emergentes, dos mega templos que são projeções imponentes das próprias "super igrejas". O tamanho dos grupos de algumas corporações cristãs em determinados locais são tão imensos e influentes que verdadeiras culturas eclesiais / próprias e novas / a partir deles foram geradas e assimiladas como modelo de igreja local que dá certo.

No artigo de hoje não faço comentários extensos de análise.

Para saber um pouco mais a respeito do tema, assista ao documentário O ESCÂNDALO POR TRÁS DA MEGA IGREJA (links dos episódios abaixo) produzido pelo streaming Discovery Plus há pouco tempo e divulgado por grandes canais de mídia secular (só os seculares divulgaram).

Já adianto que é preciso utilizar FILTROS ao assisti-lo (há afirmações de depoentes que colidem contra ensinamentos bíblicos - pureza sexual, uso de drogas, bebidas alcoólicas por exemplo), mas o documentário é ÚTIL para identificar as características da cultura da MEGA IGREJA que influenciou e se impôs a muitas congregações mundo afora.

Algumas verdades (e são indigestas e as vezes tentamos evitá-las) do que "congregações colossais" estão fazendo atualmente, estão sendo vistas de forma muito negativa pelos de fora - ou pelo descontentamento dos de dentro (que agora buscam noticiários e mídia para fazerem suas denúncias - já que entre seus respectivos pares de fé - não foram ouvidos adequadamente).

É notório que estamos diante de uma nova consciência, um novo modelo de "ser igreja" / uma variante eclesiológica estranha e heterodoxa que não se apresenta como povo de Deus, mas como orgulhosa marca religiosa, não é um corpo cristão é uma empresa capitalista que tem em seu modus-operandi o ambiente e a liturgia religiosa com sua principal fonte de subsistência (substanciosas fontes), não há mais pastores, mas  gestores; sua "missio-dei" (entre aspas mesmo) é voltada somente para fora >> para o mundo (e a busca pelos mundanos faz com que a comunidade também seja mundana - aos porões da imoralidade) - seu poder de atração se dá pela música e pelo estilo visual (e não cristão) de seus integrantes, sua difusão através do poder das mídias sociais, os templos não são ambientes de persuasão evangélica, ao contrário são de manipulação sentimental e animação rítmica, pastores são popstars (sim, isso também faz parte da cultura da grandeza >>igrejas personalistas<< a foto ou o nome do líder TEM que aparecer em todo lugar).

E, para piorar, os tais "líderes espirituais" são despojados de qualquer correspondência celestial (do ofício pastoral por referência) ao contrário são os mais terrenos possível - são coach influencers, polidos líderes da ostentação, das marcas caras e das etiquetas de luxo (tudo isso as custas das contribuições da membresia - que as vezes economiza nos gastos pessoais para contribuir com a instituição), é um ministério de exibição do poder financeiro. Muitos desses ajuntamentos com capacidade de lotação de estádios de futebol (é muita gente mesmo), precisam ser liderados por pseudos líderes que sem qualquer escrúpulo ou empatia agem como notórios aproveitadores em suas "super congregações"; em muitas delas aliás há exploração da sinceridade e da mão de obra dos fiéis (gaste o mínimo com o funcionamento da "máquina de dinheiro da fé alheia" e arrecade ao máximo dos frequentadores); para tanto, precisa haver comércio da espiritualidade (agora é um "senhor" produto, altamente lucrativo - o intangível e sem qualquer custo - agora é tangível e precificado - lembra das indulgências do século XVI? É "café pequeno" perto do que fazem agora nessas super, hiper, mega igrejas); encobrem escândalos e crimes de lideranças e obreiros (não há tratamento adequado e nem transparência - e com muita frequência é a vítima abandonada e o culpado socorrido e até protegido pela instituição, uma lástima). 

A cultura da mega igreja é muitas coisas - é também teológica - óbvio - mas, ao seu modo e é regulada pelos conceitos de sustentação de seu próprio mundo eclesial - e diante disso, esses "mandamentos" nem sempre são prescrições bíblicas (a representação de mundo próprio que a mega igreja tem lhe permite fazer isso - afinal são milhares de fiéis - há uma cartilha daquele grande reino congregacional memorizada nas cabeças que ministram no púlpito e não é a bíblia - são as mirabolantes visões dos fundadores ou do conselho geral) e que desenvolve estratégias para dominar várias áreas (a exemplo da teologia dos 7 montes, citada no documentário / em destaque o monte político). A intromissão do poder religioso no mundo político é de capítulos ruins, tristes e vergonhosos da história da própria igreja milenar. O pior está por vir, pois a cultura política da mega igreja está entrando e afetando sorrateiramente nossas mais sinceras lideranças - e acham que estão defendendo alguma coisa de Reino de Deus ou de família, só posso sentir, mas não estão - o que fazem é contribuir com projetos políticos da igreja de satanás. É prostituição espiritual pura!

O lado RUIM da cultura da MEGA-IGREJA predominou, espalhou-se e contaminou muitos, muitos arraiais desde a Austrália até as nossas cidades, acreditem!

Em resumo significa que a visão bíblica de muitos pastores sobre o papel e atuação da igreja já é mais sociológica e capitalista que bíblica e espiritual (a dita igreja tornou-se num negócio espiritual que entrega bens materiais, contraditório em paralelo, mas útil e harmonioso em seus fins empresariais).

A cultura e vida da igreja emergente tem de tudo um pouco: mundanismo, relativismo, narcisismo, corporativismo, fisiologismo, patriarcalismo, vaidade e grana, muita grana - pois é uma cultura de capital financeiro disfarçada de "contribuição voluntária" (digo, forçadamente induzida).

Amados, as "pedras estão clamando" e lamentavelmente muitos que deveriam estar vigiando, DORMIRAM ou se corromperam com o sistema configurado pelo próprio Satanás!

Quem quiser assistir ao documentário citado e chegar as suas próprias conclusões, seguem os links:

Episódio 01 - https://www.youtube.com/watch?v=Y5bKvWz0W3w

Episódio 02 - https://www.youtube.com/watch?v=jadUs2LWW-A

Episódio 03 - https://www.youtube.com/watch?v=_Ehmi6djkNM

E neste outro link uma *análise importante de um teólogo sobre a produção* acima: https://www.youtube.com/watch?v=eZfjPw9OWhU

Garanto que ao fim teremos refletido sobre as nossas comunidades, bem como a eclesiologia que estamos desenvolvendo no presente - pois a próxima geração de crentes dependerá disso para o que é bom ou para o que é mau.