segunda-feira, 25 de abril de 2022

A IGREJA QUE FREQUENTO ESTÁ MUNDANA, DEVO SAIR OU CONTINUAR NELA?

 Dizer que uma igreja é mundana não é tão simples quanto parece. Não é fácil porque tal afirmação precisa de base bíblica e imparcialidade congregacional.

A BASE BÍBLICA

Pode ser que a definição do que aprendemos ou concebemos do que é "mundano" não seja de fato uma prática condenada pelas Escrituras. Vamos imaginar uma congregação que "proíbe" seus membros de terem aparelhos de tv em suas residências (proibir no século XXI é um termo pesado em qualquer ambiente considerando as liberdades pessoais), mas que nada fale aos mesmos crentes locais que possuem não 1, mas 4 aparelhos celulares em casa (e temos que aceitar que o dispositivo citado em termos de interação e entretenimento é várias vezes superior a uma tv); essa realidade tecnológica torna inócua a primeira "proibição" - e se estendida ao segundo aparelho (celular) provocará uma desnecessária cisão na congregação - pois ninguém aceitará ficar sem celular por conta da orientação "nada bíblica" da direção. O mundano (sentido bíblico) é o aparelho ou o que se assiste no aparelho? Lógico que é o que se assiste (um programa jornalístico geralmente não tem teor "mundano" pernicioso, mas em contrapartida, um filme erótico o tem). Nossa primeira grande dificuldade em conceituar o que é mundano em termos práticos é que tendemos a objetizar, externalizar e generalizar um todo. E essa definição é extra bíblica, imatura e inconsistente.

Uma análise bíblica do que é mundano vai considerar primeiro a interiorização da questão: o ser humano é mundano por natureza (desde o Adão caído). E só neste primeiro ponto percebe-se o erro em sempre tentar exteriorizar o carnal - quando o cerne da questão é intima. A tv de casa será menos mundana e perniciosa se nós o formos primeiro na própria alma, exercendo domínio próprio (temperança). O futebol é mundano e ímpio se o formos, o cinema, o passeio, as vestimentas e por aí vai. O cristianismo bíblico não é para "crianças na fé" e nem para "santos do pau-oco" é para crentes regenerados capazes de viverem na terra dos viventes como cidadãos dos céus - e isso meus amigos não é fruto de proibições infundadas - mas, de vidas transformadas pelo Espírito Santo.

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