segunda-feira, 25 de abril de 2022

SOBRE O MOVIMENTO CONSERVADOR PELO VOTO CONSCIENTE

 Puxa não poderei comparecer - mas já sei o fim da mensagem: *VOTEM NO BOLSANARO!*

Pra mim, infelizmente a única consciência que tenho é que *NÃO QUERO O PT* governando o nosso país novamente. E por isso meus santos - no fim das contas - _se eu QUISER votar só me restará a opção da mensagem política do MALAFAIA - votar numa sigla que é a síntese da velha política brasileira_ (o famigerado, corruptor e corrupto) *CENTRÃO* do Valdemar da Costa Neto (não pesquise por este último nome próprio no Google, pois pode contaminar o seu aparelho). 

Confesso que me preocupa o *DISCURSO RELIGIOSO* de muitos pastores aliançados com uma representação única de política / o discurso apresenta uma "uma teologia forjada na têmpera do zoroastrismo" (NÃO NA BÍBLIA). Dos políticos eu não espero perfeição - no Brasil estamos acostumados a votar no menos PIOR (e apenas este prisma nos critérios do eleitorado é um erro que compromete o futuro da nação)  - mas, o discurso religioso em questão deveria ser BEM MELHOR E CONVINCENTE - deveria estar a serviço da ética cristã - é o mínimo que um crente espera de seus líderes espirituais). 

Mas, voto e consciência SÃO PESSOAIS.

Eu tenho dificuldade em receber conselho de voto consciente de quem nos últimos 20 anos pulou numa verdadeira "ciranda de apoios partidários" - da esquerda (2002 e 2006 - pastor Silas apoiou o PT) para uma "meia" direita (pastor Silas apoiou o PSDB) em 2010; de novo para uma meia esquerda em 2014 (Pastor Silas apoiou o PSB) e em 2018 de novo a direita (Pastor Silas apoiou o PSL) e agora - *no CENTRÃO* (Pastor Silas apoia o PL). *Complicado não acha?* Será que o pastor Malafaia *AGORA* chegou de fato a uma consciência política (uma posição firme - se ele é de direita, esquerda ou centro?) ou em 2026 corremos o risco de vê-lo apoiando NOVAMENTE o PT? Já sei: ele responderia: "não apoio partidos, apoio candidatos" - pois é: aí fica ainda mais complicado!

SOBRE POLÍTICA(s) NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS BRASILEIRAS

 Antes de me julgar que fique claro -EU DETESTO PARTIDOS POLÍTICOS QUE PREGAM IDEOLOGIAS DE ESQUERDA - nunca votei neles, repito: NUNCA! 

Na breve exposição abaixo transito entre política eclesiástica x política brasileira - atenção para não confundir-se no entrelace de ambas (acredite é a política eclesiástica atual nas ADs brasileiras que também FACILITOU esta aproximação política congressista e por fim presidencial. Outrossim é que no atual governo o militarismo tem pontos de semelhança com o perfil e o discurso de alguns "coronéis" das "sesmarias" da denominação). 

Pois bem, as Assembleias de Deus representadas por GRANDE parte de sua liderança - se rendeu aos encantos e benesses do poder político - do que representa a velha política (sim daquela de onde emana e orbita a maioria dos políticos que atualmente tomam assento em nossos púlpitos e palestram em nossas reuniões mais solenes e exclusivas) daquela política de umbigo que faz afundar uma nação inteira no atraso de vida social e cultural (e MUITOS pastores estão ampliando sua influência de religiosa para também política e estão tirando um belo proveito disso - para eles é claro - pois as "ovelhas" são apenas moeda de troca nas suas desprezíveis alianças). 

Ao constatar a nossa triste realidade (ultimamente está difícil em nosso meio pentecostal quem consiga enxergar a realidade, pois perdemos a clareza dos fatos ante a tantas idiotices e mitos obscuros), parece que teremos uma história pentecostal em nosso país muito ruim a ser gestada e escrita para as próximas gerações (diante dos fatos atuais, TALVEZ daqui há uns 50 anos tenhamos algum movimento renovacionista dentro das ADs nacionais - algo que venha implodir o esquema da atual política eclesiástica nojenta e carnal que fez da "igreja" constar em ficha parlamentar como PROPRIEDADE de ditos pastores que elegemos (sim, propriedade pastoral / capitanias hereditárias (igrejas e grandes ministérios eclesiásticos agora são patrimônios da família de pastores quer seja por sucessões arquitetadas, estatutos adaptados ou por aquiescência de incautos que quando acordam é tarde demais) - e venha de fato a ter algum sentido político/social para nossa nação (a igreja pode e deve influenciar a política de seu país - MAS, não da forma como está acontecendo em nosso Brasil - não daquela sugerida pelo presidente de honra de uma grande e histórica convenção. "MANDE O PREFEITO PROCURAR O PASTOR DA ASSEMBLEIA DE DEUS PARA GARANTIR AS VERBAS PARLAMENTARES PARA A CIDADE"). 

Infelizmente, no momento em termos de política - teremos tempo, só não temos futuro! Enquanto nossa política ficar no cabo de guerra "direita x esquerda" quem perde são os brasileiros. Precisamos de políticas públicas, tributárias e econômicas e não de IDEOLOGIAS. Um governo que vive em guerra o tempo todo / que encobre desvios políticos dos filhos/ que sabe de rachadinhas nos gabinetes da prole, mas nada faz / que põe em sigilo tráfico de influência de familiares / que empregava parentes de milicianos / que lamenta a morte de bandidos / que indulta condenados / que é anti vacina (e milhões de vidas se perderam) / que passa panos quentes nos escândalos do MEC envolvendo pastores hipnotizados por política ruim / e que fica o tempo todo em modo provocativo pois notoriamente sua capacidade de diálogo são ataques e palavrões em discursos e nas redes sociais - ou por meio do "revanchismo da caneta". 

Exposto isso afirmo: "NÃO É UM GOVERNO equilibrado" - ao contrário, é um governo de lascas sociais, de bandos e aliados - e que para comandar uma nação do tamanho e importância do Brasil - NÃO SERVE! Precisamos da influência da direita na política nacional (defendo isso), só não precisamos de pastores sendo cabos eleitorais e usando a igreja como curral para seus intentos de poder e projeção social. Menos a política atual - mais o breve Reino vindouro / menos os políticos ruins - mais, muito mais aos BRASILEIROS!

A IGREJA QUE FREQUENTO ESTÁ MUNDANA, DEVO SAIR OU CONTINUAR NELA?

 Dizer que uma igreja é mundana não é tão simples quanto parece. Não é fácil porque tal afirmação precisa de base bíblica e imparcialidade congregacional.

A BASE BÍBLICA

Pode ser que a definição do que aprendemos ou concebemos do que é "mundano" não seja de fato uma prática condenada pelas Escrituras. Vamos imaginar uma congregação que "proíbe" seus membros de terem aparelhos de tv em suas residências (proibir no século XXI é um termo pesado em qualquer ambiente considerando as liberdades pessoais), mas que nada fale aos mesmos crentes locais que possuem não 1, mas 4 aparelhos celulares em casa (e temos que aceitar que o dispositivo citado em termos de interação e entretenimento é várias vezes superior a uma tv); essa realidade tecnológica torna inócua a primeira "proibição" - e se estendida ao segundo aparelho (celular) provocará uma desnecessária cisão na congregação - pois ninguém aceitará ficar sem celular por conta da orientação "nada bíblica" da direção. O mundano (sentido bíblico) é o aparelho ou o que se assiste no aparelho? Lógico que é o que se assiste (um programa jornalístico geralmente não tem teor "mundano" pernicioso, mas em contrapartida, um filme erótico o tem). Nossa primeira grande dificuldade em conceituar o que é mundano em termos práticos é que tendemos a objetizar, externalizar e generalizar um todo. E essa definição é extra bíblica, imatura e inconsistente.

Uma análise bíblica do que é mundano vai considerar primeiro a interiorização da questão: o ser humano é mundano por natureza (desde o Adão caído). E só neste primeiro ponto percebe-se o erro em sempre tentar exteriorizar o carnal - quando o cerne da questão é intima. A tv de casa será menos mundana e perniciosa se nós o formos primeiro na própria alma, exercendo domínio próprio (temperança). O futebol é mundano e ímpio se o formos, o cinema, o passeio, as vestimentas e por aí vai. O cristianismo bíblico não é para "crianças na fé" e nem para "santos do pau-oco" é para crentes regenerados capazes de viverem na terra dos viventes como cidadãos dos céus - e isso meus amigos não é fruto de proibições infundadas - mas, de vidas transformadas pelo Espírito Santo.

CONSTATAÇÕES PREOCUPANTES: O RASCUNHO DA FAMÍLIA CRISTÃ E DA IGREJA PROTESTANTE NO SÉCULO XXI!

 O que a negligência ao cumprimento familiar e eclesiástico aos textos de Dt 6.4-9; Mt 28.18-20 e 2 Tm 3.14-17 produziram?

Feitas as devidas ressalvas e necessárias distinções (e louvamos a Deus pelo remanescente do Senhor), o resultado é:

1 - Lares com fachadas cristãs e vida ímpia (filhos  descrentes e cosmovisão mundana). Ambientes domiciliares onde não há oração, louvor, culto e a bíblia só é encontrada ocasionalmente próxima a hora de ir para o templo. Enquanto isso e diariamente com elevada frequência outras coisas estão sendo "inculcadas" nas mentes de nossos familiares. Gabinetes pastorais, psicólogos e psiquiatras estão a cada dia mais concorridos - pela ausência de vida cristã em nossas próprias casas - são residências em que imperam a discórdia, lares que produzem  decepções e transtornos, famílias conduzidas por obsessões e vitimadas por depressões concebidas no  próprio ambiente doméstico - lares desequilibrados, famílias doentes! Jesus está do lado de fora de muitas casas ditas cristãs - tudo isso por que lá dentro há um esgoto de imundícies saltando das telas e enchendo a alma de todos. Esse tipo de "lar" vai ruir!

2 - Células como forma de igreja doméstica com superficialidade na transmissão bíblica (dados do cotidiano - jogo de futebol, série da Netflix e piadas - tem mais valor que os ensinos de Jesus - as escrituras são mero acessório nesse tipo de discipulado moderno). É falta de estudo bíblico de verdade - é ausência de profundidade de uma ponta a outra - é ensinamento fraco do credo condensado da denominação (isso quando é feito) é a produção meramente proselitista de membros para a própria instituição religiosa e não para a igreja de Cristo. É a forja de um catecismo limitado de exame bíblico e delimitado por fronteiras teológicas estáticas - não há conexão dinâmica com Jesus através das Escrituras por meio de tais ensinamentos de água com açúcar.

3 - Cultos mais voltados ao sentimentalismo que à exposição bíblica - sentir é mais importante que conhecer / a experiência pessoal sobrepõe-se à própria revelação bíblica! Guie-se pelos seus sentimentos - para quê leitura e exame da Palavra? No culto precisa haver sentimentos por parte do adorador, óbvio - mas perder a razão no ato de adorar não é bíblico, é preciso haver glorificação sincera, mas não exclamações artificiais e orquestradas. Por outro lado você já reparou que os eventos mais alardeados são os programados pela agenda de eventos da igreja? As lacunas de um evento para outro revelam uma igreja apática de vida cristã pois é ausente das reuniões de oração, é faltante dos ensinos bíblicos, é indiferente das necessidades fraternais. Estamos na era da igreja movida pelo calendário litúrgico, atraída pelos cartazes personalistas, deslumbrada pelo show da fé, embalada pela audiência de fãs e seguidores de homens em nossos arraias espirituais. São tantas reuniões estranhas (de vitória, benção e poder) que o culto não é mais para DEUS - é para nós.

4 - Pregadores com eisegeses heterodoxas (distantes das boas novas do evangelho). É mais conjectura que Palavra de Deus; achismos e apelos emotivos - distorções textuais - extrapolações teológicas e muitas alegorias infundadas. O termômetro desses "pregadores de fogo" é persuadir a  congregação a fazer muito barulho (o abandono do culto racional é o clímax do ajuntamento - a perda da razão litúrgica é a prova cabal da presença de DEUS para a limitada mente desses animadores de auditório. São profetas "inspirados" pela inteligência artificial das redes sociais e mecanismos de consulta de crédito ou vazamento de dados, são revelações "profundas" ao revelado como a data de seu nascimento, número de CPF, endereço de residência e processos jurídicos - é pra glorificar de pé!? Ou aquelas "revelações" genéricas lançadas no fator das probabilidades (entre 100 pessoas, umas 30 se identificarão com o "mistério" fabricado).

5 - Igrejas que perderam a capacidade de educarem biblicamente - de gerarem discípulos de Jesus de verdade. A preocupação da liderança é com o quantitativo da membresia; a ocupação pastoral orbita em torno dos resultados financeiros da entidade - os esforços são dirigidos a grandes estruturas congregacionais é gestão e ampliação de patrimônio, não é discipulado! Pergunte a seu líder qual é a forma de a igreja local educar seus membros? Se a resposta for a escola dominical - você já sabe do porquê chegamos à este ponto preocupante. São igrejas de eventos missionários apoteóticos e ação missionária medíocre (são programas de preparação e envio de quinta categoria e missionários à beira da miséria nos respectivos campos de missão - é mais publicidade que missão evangelizadora - é mais uma forma de arrecadação às custas do IDE de Jesus).

6 - Crentes "periféricos" - jamais são levados à sério por ninguém - jamais atingirão positivamente o centro das atenções. Incompatibilidade entre fala e vida - relação utilitária (eu dou e Deus dá - é na base do "EU PAGUEI O PREÇO" é uma salvação de obras - é o "MEU ministério" - é uma falsa espiritualidade nutrida as custas de barganhas com um deus subserviente a patrões carnais - e essa relação de interesses puramente horizontais NÃO É o Evangelho de Cristo!

7 - É uma "igreja" mais política que profética; são pastores aliançados a mitos da direita ou a "frutos do mar" da esquerda - é uma ruptura com a Verdade encarnada. É a transformação do aprisco de Jesus em curral eleitoral; é a ânsia pelo protagonismo social e o poder temporal que faz sentar a farta mesa dos grandes deste mundo, dos estrategistas de corrupção - nem que para isso a porta do aprisco seja aberta aos lobos e a reverência com beijos nas patas de bode do deus deste século seja feita. É uma igreja de fraca apologia bíblica com argumentos tão rasos para sustentar suas posições - que pré-adolescentes "ginasiais" rebatem suas doutrinas artificiais e ilógicas. São comunidades religiosas de reduzido significado social (reforma o indivíduo, mas não transforma a comunidade que a cerca - a desigualdade impera de dentro para fora); são ceifeiros que abandonaram os campos do mundo para semearem e cultivarem em estufas religiosas voltadas a si mesmas (os ventos do Espírito já quase não sopram mais, o Sol da Justiça já não mais envolve com o Seu calor de vida e energia celestial) é um cristianismo de laboratório e clima controlado - é sintético, não é natural ou ligado à Videira Verdadeira. 

Louvado seja Deus pela exceções - mas, vivemos tempos difíceis.