segunda-feira, 6 de junho de 2022

ACORDA PASTOR! O LADO RUIM DA CULTURA DA MEGA IGREJA PODE TER CONTAMINADO A SUA CONGREGAÇÃO!


UMA PERGUNTA:

A eclesiologia fundamentalmente bíblica choca-se com "A ATUAL CULTURA DA MEGA IGREJA?"

Saímos do fim do século passado com os grupos familiares e as células domésticas (que serviram de apoio comunitário, frente evangelística e sobretudo, discipulado próximo e dirigido aos novos crentes) e chegamos ao ápice das igrejas emergentes, dos mega templos que são projeções imponentes das próprias "super igrejas". O tamanho dos grupos de algumas corporações cristãs em determinados locais são tão imensos e influentes que verdadeiras culturas eclesiais / próprias e novas / a partir deles foram geradas e assimiladas como modelo de igreja local que dá certo.

No artigo de hoje não faço comentários extensos de análise.

Para saber um pouco mais a respeito do tema, assista ao documentário O ESCÂNDALO POR TRÁS DA MEGA IGREJA (links dos episódios abaixo) produzido pelo streaming Discovery Plus há pouco tempo e divulgado por grandes canais de mídia secular (só os seculares divulgaram).

Já adianto que é preciso utilizar FILTROS ao assisti-lo (há afirmações de depoentes que colidem contra ensinamentos bíblicos - pureza sexual, uso de drogas, bebidas alcoólicas por exemplo), mas o documentário é ÚTIL para identificar as características da cultura da MEGA IGREJA que influenciou e se impôs a muitas congregações mundo afora.

Algumas verdades (e são indigestas e as vezes tentamos evitá-las) do que "congregações colossais" estão fazendo atualmente, estão sendo vistas de forma muito negativa pelos de fora - ou pelo descontentamento dos de dentro (que agora buscam noticiários e mídia para fazerem suas denúncias - já que entre seus respectivos pares de fé - não foram ouvidos adequadamente).

É notório que estamos diante de uma nova consciência, um novo modelo de "ser igreja" / uma variante eclesiológica estranha e heterodoxa que não se apresenta como povo de Deus, mas como orgulhosa marca religiosa, não é um corpo cristão é uma empresa capitalista que tem em seu modus-operandi o ambiente e a liturgia religiosa com sua principal fonte de subsistência (substanciosas fontes), não há mais pastores, mas  gestores; sua "missio-dei" (entre aspas mesmo) é voltada somente para fora >> para o mundo (e a busca pelos mundanos faz com que a comunidade também seja mundana - aos porões da imoralidade) - seu poder de atração se dá pela música e pelo estilo visual (e não cristão) de seus integrantes, sua difusão através do poder das mídias sociais, os templos não são ambientes de persuasão evangélica, ao contrário são de manipulação sentimental e animação rítmica, pastores são popstars (sim, isso também faz parte da cultura da grandeza >>igrejas personalistas<< a foto ou o nome do líder TEM que aparecer em todo lugar).

E, para piorar, os tais "líderes espirituais" são despojados de qualquer correspondência celestial (do ofício pastoral por referência) ao contrário são os mais terrenos possível - são coach influencers, polidos líderes da ostentação, das marcas caras e das etiquetas de luxo (tudo isso as custas das contribuições da membresia - que as vezes economiza nos gastos pessoais para contribuir com a instituição), é um ministério de exibição do poder financeiro. Muitos desses ajuntamentos com capacidade de lotação de estádios de futebol (é muita gente mesmo), precisam ser liderados por pseudos líderes que sem qualquer escrúpulo ou empatia agem como notórios aproveitadores em suas "super congregações"; em muitas delas aliás há exploração da sinceridade e da mão de obra dos fiéis (gaste o mínimo com o funcionamento da "máquina de dinheiro da fé alheia" e arrecade ao máximo dos frequentadores); para tanto, precisa haver comércio da espiritualidade (agora é um "senhor" produto, altamente lucrativo - o intangível e sem qualquer custo - agora é tangível e precificado - lembra das indulgências do século XVI? É "café pequeno" perto do que fazem agora nessas super, hiper, mega igrejas); encobrem escândalos e crimes de lideranças e obreiros (não há tratamento adequado e nem transparência - e com muita frequência é a vítima abandonada e o culpado socorrido e até protegido pela instituição, uma lástima). 

A cultura da mega igreja é muitas coisas - é também teológica - óbvio - mas, ao seu modo e é regulada pelos conceitos de sustentação de seu próprio mundo eclesial - e diante disso, esses "mandamentos" nem sempre são prescrições bíblicas (a representação de mundo próprio que a mega igreja tem lhe permite fazer isso - afinal são milhares de fiéis - há uma cartilha daquele grande reino congregacional memorizada nas cabeças que ministram no púlpito e não é a bíblia - são as mirabolantes visões dos fundadores ou do conselho geral) e que desenvolve estratégias para dominar várias áreas (a exemplo da teologia dos 7 montes, citada no documentário / em destaque o monte político). A intromissão do poder religioso no mundo político é de capítulos ruins, tristes e vergonhosos da história da própria igreja milenar. O pior está por vir, pois a cultura política da mega igreja está entrando e afetando sorrateiramente nossas mais sinceras lideranças - e acham que estão defendendo alguma coisa de Reino de Deus ou de família, só posso sentir, mas não estão - o que fazem é contribuir com projetos políticos da igreja de satanás. É prostituição espiritual pura!

O lado RUIM da cultura da MEGA-IGREJA predominou, espalhou-se e contaminou muitos, muitos arraiais desde a Austrália até as nossas cidades, acreditem!

Em resumo significa que a visão bíblica de muitos pastores sobre o papel e atuação da igreja já é mais sociológica e capitalista que bíblica e espiritual (a dita igreja tornou-se num negócio espiritual que entrega bens materiais, contraditório em paralelo, mas útil e harmonioso em seus fins empresariais).

A cultura e vida da igreja emergente tem de tudo um pouco: mundanismo, relativismo, narcisismo, corporativismo, fisiologismo, patriarcalismo, vaidade e grana, muita grana - pois é uma cultura de capital financeiro disfarçada de "contribuição voluntária" (digo, forçadamente induzida).

Amados, as "pedras estão clamando" e lamentavelmente muitos que deveriam estar vigiando, DORMIRAM ou se corromperam com o sistema configurado pelo próprio Satanás!

Quem quiser assistir ao documentário citado e chegar as suas próprias conclusões, seguem os links:

Episódio 01 - https://www.youtube.com/watch?v=Y5bKvWz0W3w

Episódio 02 - https://www.youtube.com/watch?v=jadUs2LWW-A

Episódio 03 - https://www.youtube.com/watch?v=_Ehmi6djkNM

E neste outro link uma *análise importante de um teólogo sobre a produção* acima: https://www.youtube.com/watch?v=eZfjPw9OWhU

Garanto que ao fim teremos refletido sobre as nossas comunidades, bem como a eclesiologia que estamos desenvolvendo no presente - pois a próxima geração de crentes dependerá disso para o que é bom ou para o que é mau.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

SOBRE O MOVIMENTO CONSERVADOR PELO VOTO CONSCIENTE

 Puxa não poderei comparecer - mas já sei o fim da mensagem: *VOTEM NO BOLSANARO!*

Pra mim, infelizmente a única consciência que tenho é que *NÃO QUERO O PT* governando o nosso país novamente. E por isso meus santos - no fim das contas - _se eu QUISER votar só me restará a opção da mensagem política do MALAFAIA - votar numa sigla que é a síntese da velha política brasileira_ (o famigerado, corruptor e corrupto) *CENTRÃO* do Valdemar da Costa Neto (não pesquise por este último nome próprio no Google, pois pode contaminar o seu aparelho). 

Confesso que me preocupa o *DISCURSO RELIGIOSO* de muitos pastores aliançados com uma representação única de política / o discurso apresenta uma "uma teologia forjada na têmpera do zoroastrismo" (NÃO NA BÍBLIA). Dos políticos eu não espero perfeição - no Brasil estamos acostumados a votar no menos PIOR (e apenas este prisma nos critérios do eleitorado é um erro que compromete o futuro da nação)  - mas, o discurso religioso em questão deveria ser BEM MELHOR E CONVINCENTE - deveria estar a serviço da ética cristã - é o mínimo que um crente espera de seus líderes espirituais). 

Mas, voto e consciência SÃO PESSOAIS.

Eu tenho dificuldade em receber conselho de voto consciente de quem nos últimos 20 anos pulou numa verdadeira "ciranda de apoios partidários" - da esquerda (2002 e 2006 - pastor Silas apoiou o PT) para uma "meia" direita (pastor Silas apoiou o PSDB) em 2010; de novo para uma meia esquerda em 2014 (Pastor Silas apoiou o PSB) e em 2018 de novo a direita (Pastor Silas apoiou o PSL) e agora - *no CENTRÃO* (Pastor Silas apoia o PL). *Complicado não acha?* Será que o pastor Malafaia *AGORA* chegou de fato a uma consciência política (uma posição firme - se ele é de direita, esquerda ou centro?) ou em 2026 corremos o risco de vê-lo apoiando NOVAMENTE o PT? Já sei: ele responderia: "não apoio partidos, apoio candidatos" - pois é: aí fica ainda mais complicado!

SOBRE POLÍTICA(s) NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS BRASILEIRAS

 Antes de me julgar que fique claro -EU DETESTO PARTIDOS POLÍTICOS QUE PREGAM IDEOLOGIAS DE ESQUERDA - nunca votei neles, repito: NUNCA! 

Na breve exposição abaixo transito entre política eclesiástica x política brasileira - atenção para não confundir-se no entrelace de ambas (acredite é a política eclesiástica atual nas ADs brasileiras que também FACILITOU esta aproximação política congressista e por fim presidencial. Outrossim é que no atual governo o militarismo tem pontos de semelhança com o perfil e o discurso de alguns "coronéis" das "sesmarias" da denominação). 

Pois bem, as Assembleias de Deus representadas por GRANDE parte de sua liderança - se rendeu aos encantos e benesses do poder político - do que representa a velha política (sim daquela de onde emana e orbita a maioria dos políticos que atualmente tomam assento em nossos púlpitos e palestram em nossas reuniões mais solenes e exclusivas) daquela política de umbigo que faz afundar uma nação inteira no atraso de vida social e cultural (e MUITOS pastores estão ampliando sua influência de religiosa para também política e estão tirando um belo proveito disso - para eles é claro - pois as "ovelhas" são apenas moeda de troca nas suas desprezíveis alianças). 

Ao constatar a nossa triste realidade (ultimamente está difícil em nosso meio pentecostal quem consiga enxergar a realidade, pois perdemos a clareza dos fatos ante a tantas idiotices e mitos obscuros), parece que teremos uma história pentecostal em nosso país muito ruim a ser gestada e escrita para as próximas gerações (diante dos fatos atuais, TALVEZ daqui há uns 50 anos tenhamos algum movimento renovacionista dentro das ADs nacionais - algo que venha implodir o esquema da atual política eclesiástica nojenta e carnal que fez da "igreja" constar em ficha parlamentar como PROPRIEDADE de ditos pastores que elegemos (sim, propriedade pastoral / capitanias hereditárias (igrejas e grandes ministérios eclesiásticos agora são patrimônios da família de pastores quer seja por sucessões arquitetadas, estatutos adaptados ou por aquiescência de incautos que quando acordam é tarde demais) - e venha de fato a ter algum sentido político/social para nossa nação (a igreja pode e deve influenciar a política de seu país - MAS, não da forma como está acontecendo em nosso Brasil - não daquela sugerida pelo presidente de honra de uma grande e histórica convenção. "MANDE O PREFEITO PROCURAR O PASTOR DA ASSEMBLEIA DE DEUS PARA GARANTIR AS VERBAS PARLAMENTARES PARA A CIDADE"). 

Infelizmente, no momento em termos de política - teremos tempo, só não temos futuro! Enquanto nossa política ficar no cabo de guerra "direita x esquerda" quem perde são os brasileiros. Precisamos de políticas públicas, tributárias e econômicas e não de IDEOLOGIAS. Um governo que vive em guerra o tempo todo / que encobre desvios políticos dos filhos/ que sabe de rachadinhas nos gabinetes da prole, mas nada faz / que põe em sigilo tráfico de influência de familiares / que empregava parentes de milicianos / que lamenta a morte de bandidos / que indulta condenados / que é anti vacina (e milhões de vidas se perderam) / que passa panos quentes nos escândalos do MEC envolvendo pastores hipnotizados por política ruim / e que fica o tempo todo em modo provocativo pois notoriamente sua capacidade de diálogo são ataques e palavrões em discursos e nas redes sociais - ou por meio do "revanchismo da caneta". 

Exposto isso afirmo: "NÃO É UM GOVERNO equilibrado" - ao contrário, é um governo de lascas sociais, de bandos e aliados - e que para comandar uma nação do tamanho e importância do Brasil - NÃO SERVE! Precisamos da influência da direita na política nacional (defendo isso), só não precisamos de pastores sendo cabos eleitorais e usando a igreja como curral para seus intentos de poder e projeção social. Menos a política atual - mais o breve Reino vindouro / menos os políticos ruins - mais, muito mais aos BRASILEIROS!

A IGREJA QUE FREQUENTO ESTÁ MUNDANA, DEVO SAIR OU CONTINUAR NELA?

 Dizer que uma igreja é mundana não é tão simples quanto parece. Não é fácil porque tal afirmação precisa de base bíblica e imparcialidade congregacional.

A BASE BÍBLICA

Pode ser que a definição do que aprendemos ou concebemos do que é "mundano" não seja de fato uma prática condenada pelas Escrituras. Vamos imaginar uma congregação que "proíbe" seus membros de terem aparelhos de tv em suas residências (proibir no século XXI é um termo pesado em qualquer ambiente considerando as liberdades pessoais), mas que nada fale aos mesmos crentes locais que possuem não 1, mas 4 aparelhos celulares em casa (e temos que aceitar que o dispositivo citado em termos de interação e entretenimento é várias vezes superior a uma tv); essa realidade tecnológica torna inócua a primeira "proibição" - e se estendida ao segundo aparelho (celular) provocará uma desnecessária cisão na congregação - pois ninguém aceitará ficar sem celular por conta da orientação "nada bíblica" da direção. O mundano (sentido bíblico) é o aparelho ou o que se assiste no aparelho? Lógico que é o que se assiste (um programa jornalístico geralmente não tem teor "mundano" pernicioso, mas em contrapartida, um filme erótico o tem). Nossa primeira grande dificuldade em conceituar o que é mundano em termos práticos é que tendemos a objetizar, externalizar e generalizar um todo. E essa definição é extra bíblica, imatura e inconsistente.

Uma análise bíblica do que é mundano vai considerar primeiro a interiorização da questão: o ser humano é mundano por natureza (desde o Adão caído). E só neste primeiro ponto percebe-se o erro em sempre tentar exteriorizar o carnal - quando o cerne da questão é intima. A tv de casa será menos mundana e perniciosa se nós o formos primeiro na própria alma, exercendo domínio próprio (temperança). O futebol é mundano e ímpio se o formos, o cinema, o passeio, as vestimentas e por aí vai. O cristianismo bíblico não é para "crianças na fé" e nem para "santos do pau-oco" é para crentes regenerados capazes de viverem na terra dos viventes como cidadãos dos céus - e isso meus amigos não é fruto de proibições infundadas - mas, de vidas transformadas pelo Espírito Santo.

CONSTATAÇÕES PREOCUPANTES: O RASCUNHO DA FAMÍLIA CRISTÃ E DA IGREJA PROTESTANTE NO SÉCULO XXI!

 O que a negligência ao cumprimento familiar e eclesiástico aos textos de Dt 6.4-9; Mt 28.18-20 e 2 Tm 3.14-17 produziram?

Feitas as devidas ressalvas e necessárias distinções (e louvamos a Deus pelo remanescente do Senhor), o resultado é:

1 - Lares com fachadas cristãs e vida ímpia (filhos  descrentes e cosmovisão mundana). Ambientes domiciliares onde não há oração, louvor, culto e a bíblia só é encontrada ocasionalmente próxima a hora de ir para o templo. Enquanto isso e diariamente com elevada frequência outras coisas estão sendo "inculcadas" nas mentes de nossos familiares. Gabinetes pastorais, psicólogos e psiquiatras estão a cada dia mais concorridos - pela ausência de vida cristã em nossas próprias casas - são residências em que imperam a discórdia, lares que produzem  decepções e transtornos, famílias conduzidas por obsessões e vitimadas por depressões concebidas no  próprio ambiente doméstico - lares desequilibrados, famílias doentes! Jesus está do lado de fora de muitas casas ditas cristãs - tudo isso por que lá dentro há um esgoto de imundícies saltando das telas e enchendo a alma de todos. Esse tipo de "lar" vai ruir!

2 - Células como forma de igreja doméstica com superficialidade na transmissão bíblica (dados do cotidiano - jogo de futebol, série da Netflix e piadas - tem mais valor que os ensinos de Jesus - as escrituras são mero acessório nesse tipo de discipulado moderno). É falta de estudo bíblico de verdade - é ausência de profundidade de uma ponta a outra - é ensinamento fraco do credo condensado da denominação (isso quando é feito) é a produção meramente proselitista de membros para a própria instituição religiosa e não para a igreja de Cristo. É a forja de um catecismo limitado de exame bíblico e delimitado por fronteiras teológicas estáticas - não há conexão dinâmica com Jesus através das Escrituras por meio de tais ensinamentos de água com açúcar.

3 - Cultos mais voltados ao sentimentalismo que à exposição bíblica - sentir é mais importante que conhecer / a experiência pessoal sobrepõe-se à própria revelação bíblica! Guie-se pelos seus sentimentos - para quê leitura e exame da Palavra? No culto precisa haver sentimentos por parte do adorador, óbvio - mas perder a razão no ato de adorar não é bíblico, é preciso haver glorificação sincera, mas não exclamações artificiais e orquestradas. Por outro lado você já reparou que os eventos mais alardeados são os programados pela agenda de eventos da igreja? As lacunas de um evento para outro revelam uma igreja apática de vida cristã pois é ausente das reuniões de oração, é faltante dos ensinos bíblicos, é indiferente das necessidades fraternais. Estamos na era da igreja movida pelo calendário litúrgico, atraída pelos cartazes personalistas, deslumbrada pelo show da fé, embalada pela audiência de fãs e seguidores de homens em nossos arraias espirituais. São tantas reuniões estranhas (de vitória, benção e poder) que o culto não é mais para DEUS - é para nós.

4 - Pregadores com eisegeses heterodoxas (distantes das boas novas do evangelho). É mais conjectura que Palavra de Deus; achismos e apelos emotivos - distorções textuais - extrapolações teológicas e muitas alegorias infundadas. O termômetro desses "pregadores de fogo" é persuadir a  congregação a fazer muito barulho (o abandono do culto racional é o clímax do ajuntamento - a perda da razão litúrgica é a prova cabal da presença de DEUS para a limitada mente desses animadores de auditório. São profetas "inspirados" pela inteligência artificial das redes sociais e mecanismos de consulta de crédito ou vazamento de dados, são revelações "profundas" ao revelado como a data de seu nascimento, número de CPF, endereço de residência e processos jurídicos - é pra glorificar de pé!? Ou aquelas "revelações" genéricas lançadas no fator das probabilidades (entre 100 pessoas, umas 30 se identificarão com o "mistério" fabricado).

5 - Igrejas que perderam a capacidade de educarem biblicamente - de gerarem discípulos de Jesus de verdade. A preocupação da liderança é com o quantitativo da membresia; a ocupação pastoral orbita em torno dos resultados financeiros da entidade - os esforços são dirigidos a grandes estruturas congregacionais é gestão e ampliação de patrimônio, não é discipulado! Pergunte a seu líder qual é a forma de a igreja local educar seus membros? Se a resposta for a escola dominical - você já sabe do porquê chegamos à este ponto preocupante. São igrejas de eventos missionários apoteóticos e ação missionária medíocre (são programas de preparação e envio de quinta categoria e missionários à beira da miséria nos respectivos campos de missão - é mais publicidade que missão evangelizadora - é mais uma forma de arrecadação às custas do IDE de Jesus).

6 - Crentes "periféricos" - jamais são levados à sério por ninguém - jamais atingirão positivamente o centro das atenções. Incompatibilidade entre fala e vida - relação utilitária (eu dou e Deus dá - é na base do "EU PAGUEI O PREÇO" é uma salvação de obras - é o "MEU ministério" - é uma falsa espiritualidade nutrida as custas de barganhas com um deus subserviente a patrões carnais - e essa relação de interesses puramente horizontais NÃO É o Evangelho de Cristo!

7 - É uma "igreja" mais política que profética; são pastores aliançados a mitos da direita ou a "frutos do mar" da esquerda - é uma ruptura com a Verdade encarnada. É a transformação do aprisco de Jesus em curral eleitoral; é a ânsia pelo protagonismo social e o poder temporal que faz sentar a farta mesa dos grandes deste mundo, dos estrategistas de corrupção - nem que para isso a porta do aprisco seja aberta aos lobos e a reverência com beijos nas patas de bode do deus deste século seja feita. É uma igreja de fraca apologia bíblica com argumentos tão rasos para sustentar suas posições - que pré-adolescentes "ginasiais" rebatem suas doutrinas artificiais e ilógicas. São comunidades religiosas de reduzido significado social (reforma o indivíduo, mas não transforma a comunidade que a cerca - a desigualdade impera de dentro para fora); são ceifeiros que abandonaram os campos do mundo para semearem e cultivarem em estufas religiosas voltadas a si mesmas (os ventos do Espírito já quase não sopram mais, o Sol da Justiça já não mais envolve com o Seu calor de vida e energia celestial) é um cristianismo de laboratório e clima controlado - é sintético, não é natural ou ligado à Videira Verdadeira. 

Louvado seja Deus pela exceções - mas, vivemos tempos difíceis.

sábado, 26 de outubro de 2019

O MUNDO PODE ESTAR INFLUENCIANDO A IGREJA QUE VOCÊ FREQUENTA!

"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" (1 Jo 2.15).

Se você caminha pela senda evangélica a mais de 30 anos - você entende perfeitamente o que o título deste artigo sintetiza. 

Acredite, o inadmissível aconteceu dentro de muitas campais, pois entraram sutilmente o desfile carnavalesco (Carna Jesus), funk, stand-up, jogos de futebol exibidos no templo, ringue de lutas armado e competições de MMA acontecendo no interior do santuário -  festa de quadrilha (ou seja: algo parecido com o sincrético São João católico) - festas à fantasia, humoristas, coaches, cobranças de ingressos para eventos - mais uma vez realizados dentro da casa de oração e tudo isso, conectado ao termo "gospel", e tal composto liberou geral para nós. Isso tudo contribuiu para nos tornamos numa geração sem limites (parece divertido quebrar mandamentos e orientações do Senhor), sem temor e irreverente ao que é santo e sagrado. O improvável aconteceu e ocorre em tantas celebrações; o cúmulo do "absurdo evangélico" estabeleceu-se de vez como algo normal e aceitável para uma incontável multidão de crentes professos. 

Para alguns mais conservadores, podem culpar a Satanás (seus ardis funcionaram e iludiram uma geração que rejeitou legados de fé), é possível argumentar profeticamente que é por conta da multiplicação da iniquidade; julgar a globalização, atribuir o quadro medonho ao fácil acesso à informação e ao entretenimento barato, vazio de sentidos e extremamente despudorado que desencaminhou uma nova geração que agora ocupa posições de liderança em nossas igrejas. Ou seja, são muitos os prováveis culpados - mas, ninguém aparece para "pagar o pato" ou apontar de fato os responsáveis pela banalização dos bons costumes e da vida íntegra e pura pertinente a todo verdadeiro cristão. 

Destacam-se dois esteriótipos de comunidades protestantes: as "fundamentalistas" que valorizam mais regras absurdas e credos legalistas extra-bíblicos (Cl 2.20-22) do que as pessoas que Jesus tanto amou e que precisam de ajuda cristã (Lc 5.31). Do outro lado há comunidades tão "liberais" e aplicadas ao bem estar de seus frequentadores - que a igreja parece mais um clube social do que a coluna e firmeza da verdade (2 Tm 4.3; 1 Tm 3.15). Portanto, o descrito cenário cristão atual ensina que nem o fundamentalismo e menos ainda o liberalismo do "não tem nada a ver" - resolveram a questão do NÃO mundanismo. Enfim,  o primeiro grupo é um verdadeiro estranho social (parece transformar indivíduos, mas não a comunidade). Já o segundo, nenhuma importância de testemunho cristão têm - pois de tão social e horizontal que ficou - tornou-se na melhor amostra metafórica do sal estragado (Mt 5.13).

Individualmente os crentes tidos como "fundamentalistas" (na acepção específica deste artigo) e os liberais são na verdade reflexos do doutrinamento e dos modos de vida e de funcionar de suas respectivas igrejas locais - são produtos do meio formador em que estão inseridos. O mundanismo está enraizado dentro de cada um de nós (Mc 7.21-23) mas, nossas comunidades podem nos ajudar podando ou adubando tais propensões (1 Co 11.16; 15.33); . Não há uma equação resolutiva - há uma constatação inegável de que nem regras e menos ainda a falta delas - produziram uma comunidade espiritualmente pura, moralmente exemplar e eticamente modelo para a sociedade em sua volta.

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus" (Ef 5.15-16).

Mas, há quem diga que "mundanismo" nos quadrantes bíblicos é um conceito com sentido transitório e de assimilação distinta em cada geração (exemplo: no passado - entre os fundamentalistas - era pecado ouvir rádio, assistir televisão, ir ao cinema, frequentar academias ou até mesmo ir à praia - mas, hoje não é mais pecado para boa parte deste grupo). Do outro lado a turma mais light também não aceitava a prática do divórcio e do novo casamento (a citar como exemplo) mas, agora a aceitam sem qualquer questionamento. 

De certo modo o entendimento acima - assevera que o pecado não está nas "coisas" e sim nas pessoas que veem o mal em tudo - e por isso concluem: "se você em sua consciência, ou verdade particular - aceitar determinada prática sem que haja peso ou condenação interior - é sinal que poderá fazer o que quiser, pois Deus não lhe julgará - afinal, você é livre". Eu penso que tal proposição é na prática um dos problemas do mundanismo em muitas comunidades evangélicas hodiernas - a relativação da verdade - na base de que cada um tem à sua. E, compreendo que tal afirmativa corrobora, erradamente no significado de que a igreja é apenas uma das alternativas de orientação à vida espiritual e moral - e não uma entidade singular que comunica e vive em consonância com a única e suficiente verdade do Evangelho para os homens e mulheres (Jo 17.17.

Podemos até tentar entender e explicar o desarranjo comportamental de muitos membros de comunidades através de argumentos sociológicos (talvez o da Pós-Modernidade seja o preferido); mas, precisamos admitir que estamos pagando caro o preço da ausência da séria e necessária instrução bíblica, vivência da Palavra e correções de práticas de gente que falhou, continuou errando e sendo "adulada", e que permitiu com essa tolerância infinda, trazer para dentro da "igreja" práticas que nem mesmo os católicos admitem em seus templos e fileiras.

É possível que algumas estratégias de atrair muita gente para a igreja - e fazer da comunidade um aglutinado das massas - tenham em seus arrastões também colaborado com uma mistura do tipo "um pouco de fermento leveda toda a massa". Pregações e ensinos compostos de uma mensagem de paz e amor (quase hippie) e somente isso. Profetas do triunfalismo em cujos prenúncios só se ouve "Deus vai te dar vitória", não importando a razão das lutas ou a motivação dos pedidos de vitória. A mistura do unilateralismo dessas mensagens com a mínima posologia doutrinária - produziram a pretensa teologia de um demiurgo que não confronta nossos repetidos pecados - mas que com afagos e abraços compreende nossa razão dominada por inúmeras e variadas transgressões.  De fato o crescimento de comunidades evangélicas que não ensinam renúncias (aquelas pautadas nas Escrituras) - tem cobrado o seu preço - e o ônus de um cristianismo reproduzido em escala industrial, só pode ser artificial e sem a devida identidade cristã

Entender com exatidão a questão e decifrar o código perverso do mundanismo implantado dentro de muitas comunidades é desafiador e até impreciso - mas, isso não exclui o fato de que muito daquilo que se chama "gospel" e "coisa de crente" em nossos dias - seria refutado como carnal, ímpio e desviado pelos decanos da igreja - que hoje - ou estão quietos remoendo o saudosismo das glórias da simples e autêntica vida evangélica de seus tempos - ou correram para comunidades fundamentalistas ao extremo; ou quem sabe, tais "dinossauros da fé passada" são totalmente ignorados pela presente e inovadora geração de crentes descolados, hiper-conectados e mundanos, muito mundanos no sentido bíblico.

Mundanismo no sentido bíblico é um modo de vida regido pelo príncipe das trevas (Ef 2.2-3), que visa atender às nossas mais vis e reprováveis concupiscências (desejos ardentes), que alimenta nossos olhos com o que não presta; que enche-nos de podridão e que desalma-nos dos mais puros e nobres sentimentos cristãos (1 Jo 2.16-17). É o culto aos desejos - celebração cúltica centrada no homem temporal, é o endeusar de nossas vontades e aspirações mais mesquinhas e egoístas - é um pseudo-evangelho de ganhar sempre e a qualquer custo - com promessas vazias de prosperidade, de facilitada auto-realização - relações utilitárias com um deus inventado pelos falsos conferencistas, pregadores e profetas - e que funciona na base do "toma lá, dá cá".

Amar o mundo é desejar as coisas do mundo, é querer ser e agir como o mundo é e faz. Se não há mais diferença entre os ditos crentes de muitas igrejas e os ímpios com seus adultérios, mentiras, trapaças, glutonarias, bebedices, e toda sorte de obras da carne (Gl 5.19-21). Portanto, há necessidades de atos bíblicos na congregação que não devem ser ignoradas - assunto para o nosso próximo artigo.

Que o Senhor te abençoe!

BEM-VINDO AO AZORRAGUE GOSPEL!



"E tendo feito um azorrague de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e ovelhas; e espalhou o dinheiro dos cambiadores, e derribou as mesas; E disse aos que vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa de meu Pai casa de venda" (Jo 2.15, 16).

Eu tinha considerado seriamente parar de escrever para crentes na web!

Refleti depois de escrever muito no espaço dos outros (contribui com colunas regulares em alguns portais evangélicos de grande audiência nacional e até em revistas regionais impressas e para meio evangélico). Desacelerei depois de notar que boa parte do que escrevemos (eu e mais um montão de gente mais competente que eu) vai para as páginas não visualizadas do desprezo e do esquecimento -  se depender da maioria dos crentes na internet. Por isso, quase desisti...

Mas, descobri que contribuir para a formação da consciência e da vida cristã dos outros, requer investimento de tempo, estudos e muita, muita paciência e persistência em compartilhar conteúdo relevante (infelizmente, nem todo conteúdo dito cristão e que está disponível online é relevante se submetido à uma "peneira bíblica").

Reconsiderei e concluí que tenho um ministério - fadado ao fracasso - pelo menos na perspectiva dos crentes "nutella" desta geração com casquinha cristã, rasa de bíblia, imediatista na vida e manhosa nos âmbitos eclesiásticos. Mas, pela bíblia entendi que o ministério eficiente não é o que é curtido pela maioria - e sim pelo impacto sobre as vidas que o acompanham - pelo legado à posteridade. Então, e só por isso - aqui estou novamente - como um anônimo de Jesus, mas com Jesus - escrevendo de novo, e para crentes na internet.

E por quê o nome Azorrague Gospel? Por que atuaremos através de nossas reflexões contra desmandos eclesiásticos, comércio dentro de igrejas, politicagens para enganar os irmãos, esquemas de poder, trapaças que envolvem finanças, ou seja safadezas mesmo - travestidas de "evangélicas", "cristãs", "pentecostais", "carismáticas", "ungidas", "reveladas" e etc. 

Espero que os artigos que você encontrar aqui possam lhes ser úteis e proveitosos em sua vida cristã e de algum de modo à sua comunidade, irmãos e familiares. Se for edificado compartilhe em suas redes, desse modo minha missão terá mais alcance e significado.